O ENSINO DE HISTÓRIA E A IMPORTÂNCIA DO RESGATE CRÍTICO-REFLEXIVO NO NOVO ENSINO MÉDIO

Cícero Claussen Rodrigues Porto, Marcio de Oliveira Monteiro, Clodoaldo Sanches Fofano

Resumo


Este artigo discute sobre a importância da formação do pensamento crítico-reflexivo pelo aluno, vinculado ao Novo Ensino Médio, no Componente Curricular de História e áreas afins. Assim, Compreender de que modo a proposta defendida para a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) põe em risco a formação crítica do estudante a serviço do ideologismo defendido pelo Neoliberalismo, consiste a problemática a ser analisada. Para tanto, abre espaço para a discussão a cerca das influências impostas pela doutrina do pensamento neoliberal na Educação. Desse modo protagonizam a discussão científica do tema, autores como como Michel Foucault (1987), Paulo Freire (2005) e Márcio Monteiro (2019). Foram analisadas as configurações no ensino de História a partir dos anos de 1990, e o modelo atual proposto pela BNCC no ano de 2022. A metodologia utilizada foi a de caráter qualitativa de base bibliográfica, exploratória e documental. Para tanto, discute-se os fatos legais e sociais que marcaram a reforma do Novo Ensino Médio e a fragmentação do currículo da disciplina. A temática ocupa lugar de importância a partir do momento em que propõe um discussão temporal em que pese conflitar a Educação sistemática, enquanto espaço para o mercado de trabalho e a Educação Cidadã cuja pauta consiste, sobretudo, na formação do cidadão crítico. Outrossim, espera-se contribuir, a partir da promoção do pensar crítico-reflexivo sobre o desfacelamento da disciplina História e áreas afins, de que a Educação Neoliberal prejudica o processo de formação cidadã, abrindo espaço para novas reflexões sobre esse tema.


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