VERSÕES INTERTEXTUAIS DA CANÇÃO DO EXÍLIO, DE GONÇALVES DIAS: ENTRE A PARÓDIA E A CARNAVALIZAÇÃO

Ana Lucia Lima da Costa SCHMIDT, Beatriz Canto Araujo, Larissa Barbosa Finamore

Resumo


A partir da década de 70, intertextualidades na forma de paródias e carnavalizações, conceitos que podem facilmente se confundir, tornam-se cada vez mais frequentes na literatura brasileira. Muitas produções brasileiras, como a Canção do Exílio (1846), de Gonçalves Dias, tiveram versões reescritas por outros escritores dentro da própria nação. Desta maneira, o presente trabalho busca observar as fronteiras entre a paródia e a carnavalização em versões reescritas da Canção do Exílio. A pesquisa tem como objetivo estabelecer limites entre paródia e carnavalização dentro da teoria bakhtiniana, bem como discutir as dificuldades de delimitação desses conceitos nas apropriações do texto em enfoque, sendo estes Nova Canção do Exílio (1978), de Luis Fernando Verissimo, e a Canção do Exílio às Avessas (1992), de Jô Soares.


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