LEITURA LITERÁRIA: sutura do real com a experiência do “Fora”

Dulce Helena Pontes-Ribeiro

Resumo


Este trabalho discute a necessidade de uma prática cotidiana de leitura prazerosa na escola respeitando a individualidade do aluno e as suas idiossincrasias. Objetiva-se promover reflexões sobre a leitura literária e a criatividade despertada pelo ato de ler, aliando realidade e experiência do “Fora”. Dos teóricos consultados, sublinham-se: Morin (1990; 1999), Rubem Alves (2003), Walty et al. (2004), Deleuze (2003) e Blanchot (apud LEVY, 2003). Os discursos plurais possibilitam conceber a leitura literária como uma festa de sabor e saber – condições da democracia. Conclui-se que a prática de leitura literária carece de novo significado: um instrumento de autoeducação que suscite no leitor a ação sobre o mundo, transformando-o com o seu conhecimento.

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Referências


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