USO INDISCRIMINADO DOS BENZODIAZEPÍNICOS: a contribuição do farmacêutico para um uso consciente

Joana Darc Lima de Oliveira, Lisiane Amim Mota, Geane Freitas Pires Castro

Resumo


Os benzodiazepínicos foram introduzidos na medicina clínica, acidentalmente nos anos 60 e com o decorrer dos anos, passaram a ser largamente prescritos uma vez que apresentam uma grande eficácia terapêutica além de serem seguros. Os benzodiazepínicos são medicamentos que promovem efeitos através de interações com receptor alostérico do ácido gama-amino-butírico, promovendo a diminuição da ansiedade, hipnose, relaxamento entre outros. Sua ação varia conforme sua farmacocinética, podendo ser principalmente de curta ou longa duração, produzindo maior ou menor efeito de dependência, abstinência e ou tolerância, que se tornaram os problemas mais alarmantes quanto ao uso destes fármacos.  Esta classe de medicamentos teve uma grande ascensão ao longo dos anos, se tornando um dos medicamentos mais vendidos no mundo, porém, utilizados de modo irracional, surgindo deste modo à necessidade da imposição de uma lei que tivesse como objetivo principal o controle do uso destes fármacos, surgindo à Portaria 344/98 cujo intuito é promover o uso racional destes medicamentos, ressaltando o papel do farmacêutico, e minimizar ou até mesmo exterminar os riscos do uso inadequado dos benzodiazepínicos. Sendo assim, o presente trabalho analisou o uso indiscriminado dos benzodiazepínicos, destacando a maneira pela qual o profissional farmacêutico deve auxiliar no controle do uso exacerbado dos mesmos.

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